quarta-feira, 14 de março de 2012

O que faz chorar, pode fazer rir!

Essa afirmativa contraria frontalmente a filosofia popular que diz: “O que dá pra rir, dá pra chorar”. Vemos a felicidade como valor imediatista e, portanto, passageiro. Muitas vezes afirmamos: “Há momentos felizes, não felicidade eterna”. Quando pensamos em eternidade poetizamos dizendo: “Que seja eterno enquanto dure”. Enfim, sempre pensamos no prazer e alegria momentâneos como se fosse a verdadeira busca e descobrimos frustrados, que o final é dor e tristeza, quase sempre eternos.
A perspectiva aponta uma direção muito sábia, induzindo-nos a encarar a dor e o sofrimento como passageiros, e o gozo e o descanso como felizmente eternos. “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores” (Tiago 5:13). “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Salmos 30:56). Assim aconteceu com o cego de Jericó. Ele era triste por ser cego. Essa é uma das deficiências físicas mais difíceis de se administrar. Difícil de suportar, ainda mais quando por motivo de enfermidade ou acidente a pessoa deixou de perceber o mundo físico ao seu redor. Tudo faz crer que o cego de Jericó foi um desses casos tristes que vemos vez por outra em nossa sociedade.
A vida pela ótica do Evangelho, no entanto, não se apresenta uma tragédia. O trágico na vida é não ter esperança. Não ter esperança é abraçar o absurdo como realidade última. Isso não é uma visão evangélica do universo do Deus Vivo. O Evangelho não mascara o trágico, antes propõe uma mudança para melhor. Para o mundo de guerra, a esperança da paz. Para o mundo de ódio, a esperança do amor. Para o mundo da culpa, a esperança do perdão. Para o mundo da opressão, a esperança da libertação. Para o mundo da dor, a esperança do alívio. Para o mundo da cegueira, a esperança da verdadeira luz. E finalmente para o mundo da morte e do fim, a esperança da ressurreição e vida eterna.

NEle que transformou o motivo de choro (a morte) em motivo de riso (a vida eterna).
Daniel Lima
Recife
PE

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