Não questione, aguarde!

A vida realmente é uma escola. Escola esta que não é feita apenas de mar de rosas, mas também de espinhos. Em meio às lágrimas, palavras de lamento, perguntas e angústias, indagamos a nós mesmos como o salmista: “Onde está o teu Deus?” Então, começamos a fazer uma retrospectiva de nossa vida ativa na igreja, evangelizando, orando, visitando, etc. Daí por diante, começamos a exigir de Deus explicações: “Senhor eu sempre te servi, anunciei o teu nome, ao invés de está na praia estava visitando doentes, então porque isso está acontecendo comigo?” Muitas vezes nos vem a seguinte resposta: “Na verdade você pensava que me servia, pois estava sempre ali por interesse, apenas falava de mim, mas comigo você não falava, e realmente você visitava doentes ao invés de ir à praia, porém não era de coração e sim por obrigação, agia de forma mecânica, apenas religiosamente e não para ter comunhão comigo e com seus semelhantes”. Quando vem uma resposta dessas é difícil, mas com certeza é melhor que o silêncio. O silêncio até parece uma navalha que vem rasgando nosso ser nos deixando parados no canto da parede chorando e vendo jorrar no chão uma triste combinação de lágrimas e sangue do nosso ser que é a esperança.

Ao invés de perguntarmos: “Onde está Deus?” Perguntemos: “Como vai a nossa comunhão com Deus? Será que estamos percebendo que Ele está sempre conosco?” Ele nunca nos prometeu uma vida sem dor, sem aflição, uma verdadeira Disney World. Portanto, paremos e pensemos um pouco nas ostras. Você já parou para pensar que as pérolas são produtos da dor? Quando algo (um grão de areia ou um parasita) estranho entra na concha de uma ostra ela começa a liberar uma substância chamada nácar e começa a cobrir o que penetrou em seu interior na intenção de proteger seu corpo indefeso. As células do nácar envolvem completamente com diversas camadas e como resultado se produz uma bela pérola. Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

Ainda que nos venha o sofrimento, precisamos saber lidar com ele como as ostras, e fazer das cicatrizes uma experiência valiosa para nós mesmos e para outros que ajudaremos ao longo do nosso caminhar com Cristo. Muitas vezes não nos damos conta do que acontece ao nosso redor e até achamos que somos as únicas pessoas a sofrer, mas foi Ele quem disse para termos bom ânimo, pois Ele venceu o mundo e também venceremos!

Ter comunhão com Deus implica em compartilhar com Ele nosso medo, nossa angústia, entendendo que Ele nos acompanhará nas nossas causas, pois como está escrito em Lamentações capítulo três e versículo vinte e cinco: “Bom é o Senhor para os que esperam por Ele, para a alma que o busca”. Busquemos a Deus para sumir as indagações, medos, angustias e através deste exercício de busca teremos a certeza de que só Ele nos livra. Buscar não como quem está longe, mas como quem está junto de nós e precisa ser percebido por nós. Entendamos que confiar é um processo de crescimento. Nos momentos difíceis é comum reclamarmos, mas não reclamemos, apenas lembremos que Ele já nos livrou muitas vezes e nos livrará outras vezes também. Ainda que não entendamos as situações pela qual estamos passando, nessas horas não nos cabe questionar, mas aguardar a atuação de Deus em nossas vidas. Aguarde, espere um pouco mais e veja que assim como outras situações passaram essa também passará!

Como temos reagido diante das dificuldades? Ter medo é normal, porém busque a Deus, reconheça os feitos dEle na sua vida. Muitas vezes queremos agir, mas fique parado e veja o grande livramento do Senhor, deixe-se ser agido, pare de agir. Enquanto aguarda o agir do Pai adore-o de todo coração. Nosso Deus é fiel e jamais nos deixará sozinho, Ele é nosso amigo fiel. Que Ele com sua graça nos dê coragem e força para enfrentar toda e qualquer dificuldade.

NEle que não nos convida para questioná-lo e sim para está em comum união com Ele.

Um peregrino no Caminho.

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O Caminho é uma pessoa e seu nome é Jesus!

Graça, bondade, paz, perdão e amor...

Que assim seja nosso caminhar!