terça-feira, 6 de março de 2012

Mover-se para fora

Ouvindo o que havia ocorrido, Jesus retirou-se de barco em particular para um lugar deserto. As multidões, ao ouvirem falar disso, saíram das cidades e o seguiram a pé.
Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes”. (Mateus 14:13-14)

         O mover-se para fora que quero tratar aqui é o serviço de amor desinteressado ao próximo. É servir sem querer nada em troca, é ter o amor de Cristo e amar uns aos outros como Ele nos amou. Amar sem condições, sem reservas e sem esperar nada, amar apenas porque nos faz bem amar. Quando agimos dessa maneira demonstramos as atitudes e o caráter de Cristo para todos que estão ao nosso redor. Quando nos movemos para fora, saímos do eu dominante, egoísta e priorizamos os outros como superior a nós mesmos (Filipenses 2:3).  Cristo nos convida a esse amor que manifesta o serviço altruísta.
         No texto acima Jesus tinha acabado de receber a notícia que João Batista havia sido degolado.  Assim que ficou sabendo do fato, entrou no barco e foi para um lugar para ficar sozinho. Porém, quando Ele viu o povo chegando, compadeceu-se deles e curou os que estavam doentes. Muitas vezes necessitamos ficar a sós para lidar sozinhos com o sofrimento. Todavia, Jesus Cristo não deixou que sua tristeza perdurasse por muito tempo e logo voltou a exercer o seu ministério.
Em sua paixão, Jesus move-se completamente para fora de si. É o homem para os outros. Esquece-se de si mesmo. Está preocupado com os seus apóstolos (João 18:8). Move-se para fora de si em direção a Pilatos, tentando alcançá-lo. Consola as mulheres a caminho da cruz. Perdoa o bom ladrão. Providência que Maria e João sejam cuidados enquanto estão ao pé da cruz. O dom carismático aqui mediado é o poder de mover-se para fora de si mesmo por meio do serviço altruísta”. – (Meditações para maltrapilhos, Brennan Manning, pág. 75)
Jesus sempre esteve mais preocupado com os outros. Sabendo que Judas iria traí-lo Ele não o recriminou apenas o serviu. Até quando estava ali na cruz sentindo toda aquela dor, Ele pedi a Deus, “Pai perdoa-os eles não sabem o que fazem”. Diante de tamanho amor só restou a Paulo dizer que somos constrangidos por esse amor. Em João 13:34,35 diz: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. Assim como Ele nos amou, não ao nosso modo, não com barganhas, mas como Ele nos amou sem impor condições. Seremos conhecidos como discípulos de Jesus não pela tradição de nossa igreja (instituição/denominação) e sim por amar uns aos outros. Portanto, como já dizia Renato Russo: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.  O amanhã ainda não existe o que existe é a oportunidade do hoje para vivermos intensamente e amarmos intensamente as pessoas como elas são e não transformá-las em nós mesmos. Como Jesus fez por diversas vezes esquecendo-se de si mesmo vamos nos mover para fora e priorizar o outro.

NEle que sem reservas nos amou e nos acolhe sempre em seu braços de amor para servirmos uns aos outros.
Daniel Lima
Recife
PE

Um comentário:

  1. pocha adorei o texto. Jesus deixou o melhor e mais importante mandamento para nós que é "Amar uns aos outros como a ti mesmo". Devemos amar nossos irmãos como nós nos amamos. Porque é desse jeito qu Jesus quer que sejamos. Adorei pastor muito lindo esse texto.

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