SER PAI tem me ensinado um pouco sobre o
amor, pois vejo diariamente este sendo edificado tijolinho por tijolinho. Amor que
é decisão e exercício. Amor que acolhe, acalenta e protege.
Hoje estava lembrando das palavras que minha
vó me disse: “esses crentes que tem muita
disposição para passar horas e horas de joelhos e não tem essa mesma disposição
para dar um prato de comida não conhecem o amor”. Quando ouvi estas
palavras, não entendi, mas hoje sou obrigado a concordar. O seguir a Cristo
deve se manifestar concretamente na doação em serviço ao outro e no atendimento
às necessidades materiais dos nossos semelhantes. É enxergar Cristo no outro. Não
estou fazendo apologia ao não orar, pelo contrário, motivo você a desenvolver
um relacionamento verdadeiro com o Senhor, de modo que sua vida seja uma constante
oração. Entretanto, corremos o risco de fazermos desta e de outras disciplinas
espirituais um rito mecânico sem sentido.
Em nossos dias são muitos os que desejam
apenas os dons do Espírito e se esquecem que o amor é indispensável (1
Coríntios 13). Parece até que os que se dizem seguir a Cristo não almejam mais
o dom de amar. Nas virtudes do fruto do Espírito o amor está arraigado, como
podemos ver em Gálatas 5:22-23: “O fruto
do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, ternura, bondade, fidelidade,
humildade e domínio próprio”. Paciência e ternura são expressões do amor. A
paz depende do amor vencendo ciúme, o orgulho, o aborrecimento e o
ressentimento. A bondade consiste em escolhermos o plano de Deus em lugar do
nosso. Alegria é amor contente com o bem. Fidelidade, humildade e domínio
próprio consistem em suportar, crer e esperar todas as coisas.
Aqui e ali me deparo com pessoas que
dizem: “mas as obras não salvam!”. Concordo! Todavia, não podemos desmembrar a
fé das obras, elas precisam andar lado a lado. Sendo assim, o amor ao nosso
semelhante é a prova de nosso amor a Deus, pois o amor a Deus é resultado da
operação do amor dEle em nosso coração. Quer apresentar sua fé para o mundo?
Então, que seja através de atos de amor. Fomos atraídos pelo amor incondicional
e diariamente estamos diante do “amor de
Cristo que nos constrange” (2 Coríntios 5:14). É esse imenso amor que nos
sacia, nutre e acalma, ou seja, somos conduzidos pelo amor de quem tinha, tem e
terá motivos de sobra para não nos amar, mas mesmo assim nos ama. Logo, nos vem
à mente uma pergunta recorrente: nosso amor está em palavras ou em verdade(atitudes)?
O desamor é o produto do pecado. Egoisticamente
limitamos o amor que podemos dar, por outro lado, quando trata-se de receber,
queremos sem limites e sem reservas. Se de fato somos seguidores de Cristo nós
passamos da morte para a vida, então, o desamor é extraído de nossos corações e
somos preenchidos abundantemente pelo amor. Será que a nossa falta de amor é
porque ainda permanecemos na morte e necessitamos de uma verdadeira experiência
com Cristo? Jesus é a expressão de Deus e o amor é a expressão máxima da vida,
logo, um discípulo que não manifesta amor está fora da verdade da vida, que é o
amor.
João em sua primeira carta, é bem contundente
em suas palavras quando diz: “Aquele que
não ama não conhece a Deus” (1 João 4:8). Ora, se Deus é amor, todo aquele
que se aproxima dEle há de ser influenciado pelo amor. Então, se uma pessoa
decide seguir a Cristo (e essa atitude é fruto de uma decisão que precisa ser
enraizada no íntimo de cada discípulo) precisa imitá-lo em tudo até se parecer
com Ele. Portanto, se tenho atitudes de amor conheço a Deus, se não as tenho,
não conheço. Se alguém fala a respeito de Deus, e não vive o amor, seu
conhecimento de Deus é superficial, limita-se apenas ao conhecimento teórico/intelectual,
pois o conhecimento que é fruto de um relacionamento pessoal e experimental, gera
amor em nós, por nós, apesar de nós. Portanto, o amor de Deus deve visto nos
seguidores de Cristo. Acredito que uma das manifestações do amor é o per-doar: doação ao outro que não deve se esgotar.
Como Ele se doou e se entregou em amor, amemos, afinal, Ele não está fora em um
lugar distante, mas dentro de nós e se está dentro, o amor está sendo produzido
no nosso íntimo.
NEle, que nos constrange com Seu amor
e se faz conhecido através do amor.
Daniel L.
Gonçalves - Um caminhante no Caminho.
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O Caminho
é uma pessoa e seu nome é Jesus!
Graça,
bondade, paz, perdão e amor...
Que assim
seja nosso caminhar!
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